Título: O Cemitério de Praga
Autor (a): Umberto Eco
Editora: RecordISBN: 9788501092847
Número de Páginas: 480
Sinopse
Durante o século XIX, entre Turim, Palermo e Paris, encontramos uma
satanista histérica, um abade que morre duas vezes, alguns cadáveres num
esgoto parisiense, um garibaldino que se chamava Ippolito Nievo,
desaparecido no mar nas proximidades do Stromboli, o falso bordereau de
Dreyfus para a embaixada alemã, o aumento gradual daquela falsificação
conhecida como Os Protocolos dos Sábios Anciãos de Sião, que inspirará a
Hitler os campos de extermínio, jesuítas que tramam contra os maçons,
maçons, carbonários e mazzinianos que estrangulam os padres com as suas
próprias tripas, um Garibaldi artrítico com as pernas tortas, os planos
dos serviços secretos piemonteses, franceses, prussianos e russos, os
massacres numa Paris da Comuna em que se comem os ratos, golpes de
punhal, horrendas e fétidas reuniões por parte de criminosos que entre
os vapores do absinto planeiam explosões e revoltas de rua, barbas
falsas, falsos notários, testamentos enganosos, irmandades diabólicas e
missas negras.
Personagens históricos em uma delirante trama fantástica. Trinta anos
após O nome da rosa, Umberto Eco nos envolve, mais uma vez, em uma
narrativa
vertiginosa, na qual se desenrola uma história de complôs, enganos,
falsificações e assassinatos, em que encontramos o jovem médico Sigmund
Freud
(que prescreve terapias à base de hipnose e cocaína), o escritor
Ippolito Nievo, judeus que querem dominar o mundo, uma satanista, missas
negras, os
documentos falsos do caso Dreyfus, jesuítas que conspiram contra maçons,
Garibaldi e a formação dos Protocolos dos Sábios de Sião. Curiosamente, a única figura de fato inventada nesse romance é o
protagonista Simone Simonini, embora, como diz o autor, basta falar de
algo para
esse algo passar a existir...
A história gira em torno de um personagem com dupla personalidade, hora ele chama-se Simone Simonini, hora chama-se abade Della Picolla, os dois escrevem um diário único, mas como se fosse duas pessoas diferentes, as histórias do diário são contadas pelo narrador da obra. O livro nem de longe aproxima-se do entusiasmante O Nome da Rosa, é um livro de difícil leitura, termos complicados, tramas muito complexas, conspirações extremas e inverossímeis demais.
Ao meu ver uma obra que traz bastante ódio, preconceito, mortes e muita erudição por parte autor. Um personagem principal que foi criado pelo avô anti-semita e que prega sempre o ódio ao semelhante , além de ser um falsificador nato, não apenas de documentos, bem como textos ou tramas completas, tudo com um único objetivo, seu próprio benefício.
É um livro, não digamos chato, mas sim complexo, fez-se necessário a releitura de várias partes para que chegasse ao entendimento total do enredo, porém trata-se de uma obra de Umberto Eco, vale a pena conferir.
Postar um comentário